3. O CIENTIFICISMO
Por cientificismo, refiro-me à perspectiva que define o conhecimento científico como padrão último da realidade, rejeitando qualquer proposição não atestada cientificamente.
Alguns jovens cristãos, com o profundo desejo de adotarem uma abordagem relevante para os universitários, acabam por utilizar o método científico conhecido dos estudantes. Buscam os “pontos de contato” entre a ciência e a fé cristã, a fim de afirmar que o cristianismo é verdadeiro.
Ainda nesta corrente, outros jovens modificam a sua leitura da Bíblia, condicionando-a às teorias e perspectivas de autores das ciências sociais, biologia, entre outros campos.
Há, assim, dois erros básicos que partem do mesmo princípio: (1) A ciência é colocada como superior ao cristianismo, sendo o elemento que tem autoridade para legitimá-lo ou não; e (2) os temas levantados pela Escritura devem ser entendidos à luz do que a ciência afirma. Um erro vem antes do contato com o Evangelho, o outro vem depois.
Por trás destes exemplos repousa a mentalidade dicotômica da modernidade: A religião trata de valores, enquanto a ciência lida com fatos[12]. Entre fatos e valores, o que é mais confiável? Sem dúvida, os fatos. A sutileza desta perspectiva pega desprevenidos mesmos cristãos ortodoxos. Como demonstra Nancy Pearcey[13], esta cosmovisão tem sido trabalhada em nós desde a infância, de modo que se torna difícil romper com tal dualidade[14].
Quem lida com universitários ou deseja dialogar com o pensamento científico deveria compreender que nenhuma teoria possui a neutralidade afirmada – todas possuem um ponto de partida que revela pressuposições de rebelião ou submissão a Deus[15].
O cientificismo destrói a iniciativa evangelística porque ele coloca a ciência acima do cristianismo – e assim o cristianismo se torna dispensável (por haver algo melhor) –, ou por destruir a interpretação fiel da Escritura – a mensagem salvadora de Deus, na qual está o Evangelho.
Por cientificismo, refiro-me à perspectiva que define o conhecimento científico como padrão último da realidade, rejeitando qualquer proposição não atestada cientificamente.
Alguns jovens cristãos, com o profundo desejo de adotarem uma abordagem relevante para os universitários, acabam por utilizar o método científico conhecido dos estudantes. Buscam os “pontos de contato” entre a ciência e a fé cristã, a fim de afirmar que o cristianismo é verdadeiro.
Ainda nesta corrente, outros jovens modificam a sua leitura da Bíblia, condicionando-a às teorias e perspectivas de autores das ciências sociais, biologia, entre outros campos.
Há, assim, dois erros básicos que partem do mesmo princípio: (1) A ciência é colocada como superior ao cristianismo, sendo o elemento que tem autoridade para legitimá-lo ou não; e (2) os temas levantados pela Escritura devem ser entendidos à luz do que a ciência afirma. Um erro vem antes do contato com o Evangelho, o outro vem depois.
Por trás destes exemplos repousa a mentalidade dicotômica da modernidade: A religião trata de valores, enquanto a ciência lida com fatos[12]. Entre fatos e valores, o que é mais confiável? Sem dúvida, os fatos. A sutileza desta perspectiva pega desprevenidos mesmos cristãos ortodoxos. Como demonstra Nancy Pearcey[13], esta cosmovisão tem sido trabalhada em nós desde a infância, de modo que se torna difícil romper com tal dualidade[14].
Quem lida com universitários ou deseja dialogar com o pensamento científico deveria compreender que nenhuma teoria possui a neutralidade afirmada – todas possuem um ponto de partida que revela pressuposições de rebelião ou submissão a Deus[15].
O cientificismo destrói a iniciativa evangelística porque ele coloca a ciência acima do cristianismo – e assim o cristianismo se torna dispensável (por haver algo melhor) –, ou por destruir a interpretação fiel da Escritura – a mensagem salvadora de Deus, na qual está o Evangelho.
[12] Cf. PEARCEY, Nancy. Verdade absoluta: libertando o cristianismo do seu cativeiro cultural. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p.23
[13] Ibid.
[14] Pearcey (2006) trabalha com os dualismos secular/sagrado, fato/valor e público/particular.
[15] Para mais leituras sobre o assunto, cf. SIRE, James. O universo ao lado. São Paulo: Hagnos, 2004; CRAMPTON, Gary; e BACON, Richard. Em direção a uma cosmovisão cristã. Brasília: Publicações Monergismo, 2009.
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