Despertar a consciência crítica e profética dos jovens cristãos, para que vivam consistentemente a partir da cosmovisão bíblica.

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quarta-feira, 16 de setembro de 2009 comentários
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continuação, por Allen Porto
1. O ARMINIANISMO

Há sério problema no evangelismo arminiano¹ . Considerando o homem capaz de se mover em direção a Deus, o arminianismo adota técnicas e estratégias para fazer o interlocutor “tomar uma decisão”.

Neste esquema se encontram os clichês comuns do evangelicalismo – do “Jesus te ama” ao “você sabe se vai estar vivo amanhã?”, passando pelo “já pensou o que é ficar a eternidade no inferno?”.

A argumentação é voltada para o convencimento, e por isso pode ceder à tentação de utilizar estratégias desonestas de persuasão. Seja a pressão emocional, o constrangimento, a súplica, ou a enganação, tudo é válido para salvar pessoas.

O contraponto bíblico para esta perspectiva repousa sobre o fato de que o homem não é considerado capaz de “tomar uma decisão” em direção a Deus no que diz respeito à sua salvação². A Escritura demonstra a depravação da humanidade, e indica a escravidão do homem ao pecado e sua rebeldia contra Deus.

A menos que Deus opere no indivíduo, rompendo a rebeldia e habilitando o homem a amá-lO, a salvação é impossível. Como Deus faz isso? Por meio da ação do Espírito Santo na pregação.

Portanto, a perspectiva adequada do evangelismo é a salvação, mas não para o convencimento do homem, e sim para a operação do Espírito no indivíduo. Deus é quem salva, o homem não liberta a si mesmo.




¹O arminianismo é definido pelo Dicionário de Teologia – Edição de Bolso (GRENZ et. al., 2000) como “sistema teológico desenvolvido sobretudo em reação às visões luterana e principalmente calvinista a respeito da doutrina da predestinação”. Segundo a descrição de Anglada (2000), “o arminianismo defende o livre-arbítrio ou a capacidade humana” (p.4); “crê na eleição condicional; na eleição baseada na presciência de Deus” (p.5); “crê na expiação geral (redenção universal)” (p.6); “crê na graça resistível. Ou seja, que depende do pecador permitir que a graça de Deus o alcance, ou resistir a ela” (p.6); e “os arminianos crêem na instabilidade da salvação; que a salvação pode durar, ou não, dependendo da própria determinação humana” (p.7). – Para consulta: GRENZ, Stanley, et. al. Dicionário de Teologia - Edição de Bolso. São Paulo: Vida, 2000. ANGLADA, Paulo. Calvinismo: As antigas doutrinas da Graça. 2. ed. São Paulo: Os Puritanos, 2000.

²Cf. textos que demonstram a inaptidão humana ou a perversão das faculdades do homem: Gn.8.21; Sl.14.2; Sl.51.5; Sl.58.3; Jr.17.9; Jo. 8.34; Jo.5.40; Rm.3.9-12; 1Co.2.14; Ef.2.1,5; 2Co.4.4, entre outros.

 
 
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