O Maranhão entrou em um estranho processo de paralisia nas últimas semanas. Um tsunami de greves invadiu o estado e provocou muito incômodo.
Os correios pararam, os médicos decidiram lutar contra os planos de saúde, os bancários ainda pedem reajuste de salário, alguns policiais decidiram "guardar as armas", e outros professores articulam sua pausa.
Como a sociedade civil deve encarar tal fenômeno? Como a igreja - composta de pessoas comuns - tem pensado e analisado estes movimentos no cenário maranhense? Como tais problemas podem ser solucionados? Quais são as questões reais a serem tratadas?
Talvez a igreja institucional não tenha o poder de mediar tais situações. Digo talvez, porque em alguns casos ela pode se envolver mais diretamente. Ainda assim, a igreja difusa (por seus membros) pode - e deve - envolver-se em tais problemas, e contribuir para a sua solução a partir de uma visão cristã de mundo.
Nesse "balaio de gatos", trabalhadores cristãos poderiam pensar os interesses de sua "categoria" (luto muito pra usar expressões que me lembrem os barbudos esquerdistas) e negociar com empregadores com amor e desejo de cumprir a sua vocação diante de Deus. Os patrões, por outro lado, poderiam exercer o mesmo amor, não colocando o lucro acima das pessoas, e compreendendo que, mesmo para uma boa produção, é importante ter funcionários satisfeitos.
Na esfera do serviço público, administradores cristãos poderiam pensar a gestão com a sabedoria bíblica - sem jeitinhos ou falcatruas. Operadores do Direito - advogados, defensores, procuradores, promotores e juízes - poderiam atuar em sua respectiva esfera com a visão da justiça imutável que brota da Escritura. Os advogados não buscariam simplesmente o interesse de seus clientes, mas o fariam com integridade, os promotores lutariam pelo interesse público e os juízes julgariam com discernimento.
Como nós tempos participado desse debate, e contribuído para o nosso contexto?
Quão marcados estão os nossos joelhos por orarmos pelos nossos próximos?
Alguns dirão que esta visão é utópica demais. Desafio a estes tantos, e aos demais, que participem do debate, e provem o seu ponto.
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